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domingo, 2 de maio de 2010

A respiração lenta e profunda regenera células do organismo

A respiração lenta e profunda aumenta a taxa de endorfinas (os hormônios de bom humor). Isso se reflete também no funcionamento de muitos órgãos e no bem-estar fisiológico e mental. A respiração profunda dissolve a ansiedade e o estresse.

Foi repetido tantas vezes! Mas parece que a maioria vive como se ignorasse esse fato, quem se preocupa em respirar corretamente.

No Ocidente, raro são as pessoas conscientes das técnicas de respiração e principalmente dessas para regenerar o organismo. Ainda mais raro é ver pessoas que as utilizem no seu dia-a-dia.

Geralmente, considera-se que a respiração serve unicamente para abastecer em oxigênio e expulsar gás carbônico, isso não está errado, mas podemos fazer mais. Desenvolver práticas para ventilar os pulmões e isso sem dúvida nenhuma contribui à saúde psicossomática.

Como as emoções influenciam a respiração

Outro fator cruciforme é a frequência/minuto da respiração. Normalmente, sem modulações devido à idade da pessoa, ela oscila entre 16 e 18 respirações/min. são 1.000 por hora ou 24.000 por dia; não nos damos conta, entretanto é assim. Existem diferenças importantes no período respiratório, resultado das emoções. Quando as emoções são agradáveis, a respiração se torna mais lenta e a frequência por minuto diminui. Em casos de emoções desagradáveis ela fica acelerada. Porém, de maneira estranha, essas duas fases não são modificadas da mesma forma: a duração da inspiração fica igual, e o que muda é o tempo da expiração.

As emoções negativas influenciam especialmente a expiração, e o simples fato de imaginar que está sentindo uma emoção positiva, mesmo que sem a sentir plenamente, modifica convenientemente os padrões respiratórios.

Isso é importantíssimo para as pessoas estressadas. Em situações de ansiedade é muito complexo escapar das emoções negativas, mas é possível limitar seus efeitos negativos e por consequência, sobre a totalidade do organismo. O conceito é modificar voluntariamente os padrões da respiração para se aproximar dessas emoções positivas e assim atuar de verdade sobre o clima emocional.

Uma ótima técnica para a modificação voluntária dos padrões da respiração é a MTC – Meditação Transcendental Consciente.
Um dos benefícios: Alteração da bioquímica interna que promove elevação da felicidade e paz interior.

terça-feira, 30 de março de 2010

A Medicina da Meditação - parte V

Reportagem da Revista ISTOÉ. 24 de fev de 2010

ALÍVIO CONTRA O CÂNCER A prática faz com que os pacientes sintam menos náuseas após a quimioterapia

No Instituto do Cérebro do Hospital Albert Einstein, aqui no Brasil, pela técnica de ressonância magnética foram fotografados os cérebros de 100 voluntários, antes e depois de um retiro de uma semana para práticas diárias. “Na análise de uma primeira amostra, observamos que as áreas ligadas à atenção, como o córtex pré-frontal e o cíngulo anterior, ficaram mais ativadas após o treinamento”, afirma a bióloga Elisa Kozasa, responsável pela pesquisa. As regiões cerebrais eram observadas enquanto os voluntários realizavam testes para medir o quanto estavam atentos. “Houve uma tendência de maior número de acertos e mais velocidade nas respostas após a meditação”, explica a pesquisadora Elisa.
Na área da oncologia, há várias evidências científicas de eficácia. Tome-se como exemplo o estudo feito na Universidade de Brasília pelo psiquiatra Juarez Iório Castellar. Ele investiga os efeitos do método em 80 pacientes com histórico de câncer de mama. Castellar pediu às participantes que preenchessem questionários para medir a qualidade de vida. Por meio da coleta de amostras de sangue e saliva antes e depois dos exercícios meditativos, ele também está acompanhando variações hormonais que indicam a situação da doença. “Um dos dados que já verificamos é que a meditação reduziu os efeitos colaterais da quimioterapia, como náuseas, vômitos, insônia e inapetência”, afirma.

terça-feira, 23 de março de 2010

A Medicina da Meditação - parte IV

Reportagem da Revista ISTOÉ. 24 de fev de 2010

O movimento que se observa atualmente com a meditação é o mesmo experimentado pela acupuntura cerca de dez anos atrás. Da mesma forma que o método das agulhas, ela conquista o respeito da medicina tradicional porque tem passado nas provas de eficácia realizadas de acordo com a ciência ocidental. Isso quer dizer que, aos olhos dos pesquisadores, foi despida de qualquer caráter esotérico, mostrando-se, ao contrário, um recurso possível a todos – ninguém precisa ser guru indiano para praticá-lo – e de fato capaz de promover no organismo mudanças fisiológicas importantes.
A profusão de pesquisas que apontam algumas dessas alterações é grande. Os resultados mais impressionantes vêm dos estudos que se propõem a investigar seus efeitos no cérebro. Um exemplo é o trabalho realizado na Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, e publicado na revista científica “NeuroImage”. Após compararem o cérebro de 22 meditadores com o de 22 pessoas que nunca meditaram, eles descobriram que os praticantes possuem algumas estruturas cerebrais maiores do que as dos não praticantes. Especificamente, hipocampo, tálamo e córtex orbitofrontal. As duas primeiras estão envolvidas no processamento das emoções. E a terceira região, no raciocínio. “Sabemos que as pessoas que meditam têm uma habilidade singular para cultivar emoções positivas”, disse à ISTOÉ Eileen Luders, do Laboratório de Neuroimagem da universidade. “As diferenças observadas na anatomia cerebral desses indivíduos nos deram uma pista da razão desse fenômeno.”

quinta-feira, 18 de março de 2010

A Medicina da Meditação - parte III

Reportagem da Revista ISTOÉ. 24 de fev de 2010

Em Campinas, no interior de São Paulo, 20 postos de saúde oferecem treinamentos de meditação gratuitos à população. Em São Carlos, também no interior paulista, alguns postos públicos de atendimento começarão a ofertar este ano sessões usando uma técnica conhecida como atenção plena (Mindfulness-Based Stress Reduction, ou MBSR, em inglês), desenvolvida pelo Centro Médico da Universidade de Massachusetts, nos Estados Unidos. É baseada em exercícios de respiração e consciência corporal que ajudam o indivíduo a focar as percepções no momento presente. “Queremos incluir a prática em 30 unidades de saúde”, diz Marcelo Demarzo, chefe do Departamento de Medicina da Universidade Federal de São Carlos.
“Meditadores têm habilidade singular para cultivar emoções positivas”
Eileen Luders, pesquisadora da Universidade da Califórnia.

O Hospital Albert Einstein, em São Paulo, decidiu oferecer a prática tanto para pacientes quanto para funcionários, depois de testá-la por dois anos no setor de oncologia. “Nos pacientes em tratamento contra o câncer, notamos uma diminuição na ansiedade e maior disposição para enfrentar a doença”, afirma o médico Paulo de Tarso Lima. Ele é responsável pelo serviço de medicina integrativa no hospital, que promove a adoção de terapias complementares – entre elas, a meditação – para auxiliar no tratamento convencional.

quarta-feira, 17 de março de 2010

A Medicina da Meditação - parte II

Reportagem da Revista ISTOÉ. 24 de fev de 2010

A inclusão da prática no rol de tratamentos da medicina ocidental é um fenômeno mundial. Nos Estados Unidos, por exemplo, ela figura entre as opções de centros renomados como o Memorial Sloan-Kettering Cancer Center, um dos centros de referência do planeta no tratamento da doença. Também está disponível na Clínica Mayo, outro respeitado serviço de saúde. No Brasil, o método começa a ganhar espaço, boa parte dele assegurado pela Política de Práticas Integrativas e Complementares do SUS, implementada em 2006 pelo Ministério da Saúde. Ela incentiva o uso, pela rede pública, de uma série de práticas não convencionais – como a medicina tradicional chinesa, a acupuntura e a fitoterapia – para auxiliar no processo de cura. “Nessas diretrizes, a meditação está prevista como parte integrante da medicina chinesa”, explica a médica sanitarista Carmem De Simoni, coordenadora do programa.
A atriz Cláudia Ohana, 46 anos, aderiu ao método há dez anos. Foi uma das formas que escolheu para diminuir a ansiedade, que lhe provoca irritação e dor de estômago. “Depois de uma semana de prática, fico mais tranquila e paciente.” Para ela, a técnica diminui o stress causado pelo excesso de trabalho e pela vida na cidade grande. “É praticamente uma pílula de felicidade”, afirma

quarta-feira, 10 de março de 2010

A Medicina da Meditação

Reportagem da Revista ISTOÉ. 24 de fev de 2010

O poder da meditação - Parte 1
A técnica ganha espaço em instituições renomadas e prova ser eficaz contra um leque cada vez maior de doenças. Entre elas, a depressão, males cardíacos e até Aids.
Ela chegou ao Ocidente como mais um item da lista de atrações exóticas do Oriente. Hoje, está se transformando em um dos mais respeitados recursos terapêuticos usados pela medicina que conhecemos. Está se falando aqui da meditação, uma prática milenar cujo principal objetivo é limpar a mente dos milhares de pensamentos desnecessários que por ela passam a cada minuto, ajudando o indivíduo a se concentrar no momento presente. É por essa razão que um de seus benefícios é o de ajudar as pessoas a lidar com sentimentos como a ansiedade. Mas o que se tem visto, de acordo com as numerosas pesquisas científicas a respeito da técnica, é que a meditação se firma cada vez mais como uma espécie de remédio – acessível e sem efeitos colaterais – indicado para um leque já amplo de enfermidades: da depressão ao controle da dor, da artrite reumatoide aos efeitos colaterais do câncer.

OS BENEFÍCIOS DA MEDITAÇÃO

Hoje, já sabemos que fazer coisas demais, ao mesmo tempo, sem um propósito claro, aprazível e equilibrado, gera alterações fisiológicas, emocionais, mentais e espirituais indesejáveis, essas alterações são chamadas de distúrbios, e sua causa primeira foi batizada de estresse.
Em termos gerais, o estresse se caracteriza pela elevação de tensão no organismo. Essa tensão, entretanto, é necessária para que possamos enfrentar momentos específicos de alerta, desafio ou perigo. Porém, quando não nos adaptamos às constantes mudanças ao nosso redor e não somos capazes de sair desse estado de tensão, nele permanecendo prolongadamente, significa que estamos imersos no mau estresse - também chamado de estresse crônico. Ele vai deteriorando um bem imensamente precioso: a saúde.
São vários os distúrbios decorrentes do mau estresse: os gastrointestinais, a hipertensão, dores de cabeça, insônia, taquicardias e quadros de ansiedade já fazem parte do cotidiano de todos nós. A nomenclatura médica os divide em distúrbios do estresse e distúrbios psicossomáticos, e propõe outras formas de prevenção e controle. Entre elas, a Meditação.

Os Benefícios da Meditação:

Os trabalhos de pesquisa do psicólogo e filósofo norte-americano Daniel Goleman (o autor dos livros Inteligência Emocional e o Poder da Inteligência Emocional) lembram a eficiência da prática meditação na influência dos distúrbios provocados pelo estresse. Sua tese foi feita em observações e experiências pessoais. Ele diz: “Enquanto permaneci na Índia, em 1971, conheci muitos yogis, lamas tibetanos e monges budistas. Fiquei admirado com a serena cordialidade, a receptividade daqueles homens e mulheres. Havia grandes diferenças em suas crenças e em seus antecedentes. A única coisa que compartilhavam era a Meditação.”
Esse é um dado muito importante - a prática meditativa é um processo acessível a todos, independentemente das diversidades culturais, sociais, religiosas e políticas. Uma vez que os processos fisiológicos, emocionais, mentais e espirituais são intrínsecos a todos os seres humanos, torna-se possível o conhecimento da meditação.
Segundo Goleman, os benefícios da prática diária da meditação são:

- Recuperação mais rápida após situações de grande excitação/ameaça;
- Aumento da capacidade de concentração, e consequente diminuição dos estados de dispersão;
- Aumento das defesas imunológicas;
- Decréscimo da pressão arterial;
- Alívio das dores no caso de angina e arritmias cardíacas;
- Redução de dores crônicas;
- Diminuição dos níveis de colesterol ruim no sangue;
- Aumento do fluxo de sangue para o coração;
- Melhoria da regulação de glicose em diabetes adquirido na idade adulta;
- Melhoria das vias aéreas comprimidas em caso de asma.

Essas valiosas comprovações viabilizam a prática da meditação para aqueles que imaginavam que fosse impossível ou desnecessário. Conquanto a meditação não tenha sido arquitetada como um tratamento ou uma forma de terapia, cada vez mais pessoas no planeta utilizam suas técnicas para conseguir lenitivo para seus sofrimentos.

Paulo Mello - Casa do Educador